Já percebeu que nem sempre as coisas acontecem como pensamos?

Te apresento as Distorções Cognitivas.

As distorções cognitivas são erros de pensamentos que afetam a nossa percepção e interpretação da realidade, que são influenciadas por nossas crenças, emoções e experiências pessoais. Essas interpretações tendem a ser automáticas e inconscientes, o que significa que muitas vezes não estamos cientes de que estamos cometendo esses erros de pensamento.

As distorções cognitivas também são consideradas erros porque podem levar a conclusões falsas ou imprecisas, que não correspondem à realidade objetiva. Essas conclusões podem afetar negativamente nossa tomada de decisão e nossa capacidade de lidar com situações difíceis. Elas são comuns em todos nós, mas podem ser particularmente problemáticas em pessoas que sofrem de transtornos mentais, como ansiedade, depressão, entre outros. Nessas condições, as distorções cognitivas podem se tornar mais frequentes e mais intensas, e podem ter um impacto significativo na qualidade de vida e no funcionamento diário. Por isso, é importante aprender a identificar, reconhecer e corrigir esses pensamentos equivocados, através de técnicas que a terapia cognitivo-comportamental pode lhe oferecer.

Alguns exemplos de Distorções Cognitivas:

1. Pensamento dicotômico: essa distorção cognitiva nos faz pensar em termos extremos, como "tudo ou nada" ou "certo ou errado". Isso pode nos levar a ser inflexíveis e impedir que encontremos soluções intermediárias para os problemas.

2. Catastrofização: essa distorção cognitiva nos leva a imaginar o pior cenário possível para uma situação, mesmo que seja altamente improvável. Isso pode nos levar a evitar situações que consideramos perigosas ou arriscadas, mesmo que não sejam realmente perigosas.

3. Raciocínio emocional: essa distorção cognitiva nos leva a tomar decisões com base em nossas emoções, em vez de fatos e evidências. Isso pode nos levar a agir impulsivamente ou a evitar situações que nos fazem sentir desconfortáveis, mesmo que sejam importantes.

4. Generalização excessiva: essa distorção cognitiva nos leva a tirar conclusões gerais com base em um único evento ou situação. Isso pode nos levar a tomar decisões equivocadas ou a evitar situações que consideramos semelhantes a uma experiência anterior negativa.

5. Desqualificação do positivo: essa distorção cognitiva nos leva a desconsiderar eventos positivos ou conquistas pessoais, dando maior ênfase aos aspectos negativos. Isso pode levar a baixa autoestima e a uma visão pessimista do mundo, limitando nossas ações

6. Leitura da mental: na qual uma pessoa assume que sabe o que os outros estão pensando ou sentindo sem ter evidências reais para apoiar esse pensamento, o que pode limitar a capacidade de uma pessoa de se comunicar efetivamente com os outros e de interagir de maneira apropriada em algumas situações.

Esses são apenas alguns exemplos de como as distorções cognitivas podem influenciar e limitar nossas ações. É importante ressaltar que este é um post informativo e que o auxílio de um profissional se faz necessário para o processo de reestruturação cognitiva.

Tatiane C. Farias | CRP: 06/157858

Psicóloga Clínica | Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

E-mail: psicologa.tatianefarias@gmail.com